segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NAS MÃOS DE UM PREDADOR

NAS MÃOS DE UM PREDADOR *

* Palavras, delírios, emoções
Fruto de livros, puras ilusões?
Assim serão estes pequenos textos
Escritos com emoção
Pedaços de uma história vivida
Uma história que foi ou não
Porque quem escreve é livre de recontar
Ou simplesmente imaginar novas histórias para contar


I – DE OLHOS FECHADOS, QUERO E NÃO DEIXAR-ME LEVAR


Está escuro nesta noite silenciosa
Ouço passos, sinto-o chegar
De olhos fechados ouço a porta destrancar
O coração dispara, finjo-me dormir
A tua mão começo a sentir quando delicadamente afastas o lençol
Consigo sentir-se, sentir o teu cheiro de predador
O ar quente que exalas bate-me no rosto
Com o teu respirar percorres cada cm do meu corpo
Tentas-me acordar
Não sei se quero
Acordar, enfrentar
É mais fácil desfrutar
Do que confrontar
Quero e não deixar-me levar

Como quem toca numa flor
Tocas meu corpo sem pudor
Num silêncio brutal
Mas tenho receio
Medo que ela nos ouça
Medo de senti-la chegar
Aqui tão perto, dorme um sono descansado no seu próprio lar
Se ela soubesse
Se eles soubessem

Mas tu não pareces querer saber
Muito menos parar
E eu… quero e não quero deixar-me tocar
O que procuras aqui
Tu, debruçado sobre mim
Não há sexo nem amor assim
Provocas-me e alicias-me
Tocas-me como uma flor
Frágil, indefesa mas curiosa
Ansiosa por desabrochar
Aqui não será certamente
Mas talvez num outro lugar

Sinto-te tocar
Passas os teus dedos pela minha inocência fechada
É a inocência que te atrai?
A inexperiência que te excita?

Nunca irei perceber o motivo do teu querer
É assim tão fascinante romper tal porta lacrada?
Aquela, que há muitos anos por ti foi arrombada
Questiono-me se teriam havido mais
Mais flores na tua mão
Que não tivessem conseguido dizer-te que não
Mais flores que fizeste desabrochar
Com esse teu discurso sábio e inteligente
De nos saberes agradar, para a nada teres que nos forçar

Mas acredita
Que falta nenhuma me fez
Porque nunca associei a ti
A minha primeira vez
O que penso sinceramente
É que a mim me soube perdoar
Mas tu irás para sempre
Até aos finais dos teus dias
Essa culpa carregar
Para todo e qualquer lugar…


A Cinderela, num divagar...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

HÁ DIAS CINDERELA PENSAVA…

Tu, que no teu reino desapareceste
Leste meu escrito e não respondeste
Foi como se uma facada me desses
Mas que dor é esta que padecemos?!
Que chega e se instala sem vermos
Ocupa um espaço que não lho demos
Espaço antes ocupado
Quando tu governavas teu reinado
Se não partisses, nunca teria sido habitado
Pela dor de não te ver
Por o corpo não te ter
Pela alma não te ler
E se de repente… cinderela já não te quiser?
Terá força esse Amor
Que proferias com fervor
De sobreviver a tal dor?
Cinderela também sofre
Montou seu cavalo a galope
E tenta vencer mais uma montanha
Enquanto a dor se entranha
Mas cinderela sabe que ganha
Esta batalha desmedida
Que a lançou nesta corrida
De fugir ao Amor, mas mais do que tudo
De Fugir da DOR…

Cinderela galopava…


HOJE CINDERELA ESCREVE

O Amor vence batalhas
Derruba muros e muralhas
Mas também supera a dor
De tão grande ser esse Amor

Cinderela galopou
E seu Amor transformou
A paz e serenidade reencontrou
Na nova amizade que se gerou
Não te vejo como amante
Não, não como dantes
Vejo-te somente como um amigo
Querido, querido, querido
Que em tempos me amou, me beijou e me proporcionou
O Beijo!!! O Beijo da minha vida!!!
Um beijo carregado de magia, entrega e sintonia
E sei que jamais algum dia
Voltarei a beijar assim…

Mas pelo menos tenho o prazer
De ter dado um beijo a valer
Um beijo que muita gente não deu
E muitos, nunca o darão
Porque eu sei, que este beijo
Só acontece uma vez na vida!
E eu tive-o!
E por muitos anos que viva
Nunca me hei-de esquecer…

E é assim que um Amor se transforma
Numa Amizade a valer...

TB, Uma eterna apaixonada :)))

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Almas Gémeas



Eu creio efetivamente na existência das almas gémeas, nas suas incríveis semelhanças e no singular amor que as atraí uma para a outra na sua caminhada de inúmeras encarnações. Aquando da criação dos espíritos, Deus dividiu cada um em duas partes, duas almas (energias – masculina e feminina), soltou-as no universo para que pudessem livremente evoluir. Quando atingissem patamares semelhantes de progresso espiritual, encontrar-se-iam para viver um amor sem igual e sentirem-se, enfim, completos, expurgando de vez o vazio inexplicável existente nas suas vidas até então.

Assim sendo, durante algumas encarnações, as almas encontram-se, mas quase sempre não podem ainda ficar juntas, uma vez que estão envolvidas noutros compromissos espirituais e/ou carmas a superar, mesmo assim esses encontros temporários apresentam-se de modo especialíssimo.


E assim, perante o que acredito, escrevi o texto que convosco partilho.

Namasté

Reconheco-te
Olho-te nos olhos,
Sinto Amor, Saudade
Quero abraçar-te e ter-te perto de mim,
Uma vez mais, uma vida mais …
Reconheço-te
Sei como sentes,
Sei como amas,
Percorro o teu rosto,
Conheço cada pedaço de ti …
Reconheço-te
Revejo existências nossas,
Passadas, vividas, sofridas,
O meu coração está em paz,
Leio-te os teus pensamentos …
Reconheço-te
Tu tens pedaços de mim,
Eu tenho pedaços de ti,
Somos um só,
Como fomos sempre.
Reconheço-te
Quero trazer-te para a minha Luz,
Arrancar-te das Trevas,
Não desisto enquanto não conseguir,
Lutar, sempre
Vencer, se possível,
Desistir, Nunca!
Reconheço-te sempre!
SG 2009

Outono em Nova York

Começo por dizer que adorei o filme, pese embora não tenha o tradicional "Happy End" que caracteriza as histórias de amor, no entanto no final, dei comigo a pensar se este filme e o seu enredo, não seria apenas uma forma de nos dizer que todos nós, neste Mundo, estamos cá apenas para cumprir uma missão, e que nada do que nos é colocado no nosso caminho é por acaso e sim porque faz parte dessa mesma missão de que fomos incumbidos.

Será o nosso Mundo apenas uma gigante e bem estruturada engrenagem em que o nosso papel é o de zelar pelo seu bom funcionamento? Qual a nossa missão? Como a descobrir? Como agir perante todas as questões e situações com que a vida nos brinda diariamente?

E quando um de nós se desvia do destino traçado? Haverá seres, donos de uma aura mais iluminada, com a incumbência de nos devolver ao caminho abandonado?

Diz-me a vivência que assim é, que existem pessoas que trocam a sua felicidade pela espinhosa tarefa de mostrar e devolver a terceiros o seu verdadeiro caminho. Mas, e quem cuida da felicidade destes seres? Será a felicidade deles apenas o devolver do trilho àqueles que dele saíram? E nos momentos de solidão? Sim, porque finda a sua missão e antes de embarcarem numa nova, certamente terão momentos assim. Tal como no filme, a intenção desta Nota não é ter um final feliz, mas sim alertar consciências e numa única voz, todos aqueles que já sentimos a luz que esse tipo de pessoas transmitiram à nossa vida, dizer OBRIGADO e que se hoje estamos no caminho certo a elas o devemos.

AB

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

4 MOSQUETEIROS

4 Mosqueteiros
4 Almas
4 Vidas
4 Pessoas que escrevem
4 Seres que se entregam

Princesa é o seu nome
Invoca sabedoria
Um ser dócil e meigo
Uma alma que nos sente
No corpo, na mente
Com verdade nos fala
Pelos astros se guia
Mulher guerreira
Que ilumina a Terra inteira
De longe nos dá a mão
E nos oferece o seu coração

Ao Príncipe
Chamamos-lhe o Criador
Todos o querem
Pelo seu amor
A todos se entrega
Espalha mimo e carinho
Porém muitos não sabem
O quão se sentia sozinho
Em tempos estava perdido
Mas os Anjos lhe estenderam a mão
Ouviu o seu coração
E em nova jornada partiu
À reconquista do amor prosseguiu
E dos Anjos se despediu

Aventureiro
Bem disposto e divertido
Também ele homem Guerreiro
A todos nos contagia
Com belas frases poéticas
Nos dá sempre o seu bom dia
Também gosta de escrever
E estimular para poder ler
Gosta sempre de contestar
A todos tende a provocar
Para boas conclusões
Poder para casa levar

Cinderela é quem agora escreve
O começo desta aventura
Para si gosta de escrever
Com alma, carinho e ternura
Mas também ela sente
Que tem algo a partilhar
Talvez um sonho
Um divagar…

Os Quatro Mosqueteiros se juntam
Nesta história que não se avista o fim
Um longo caminho se espera
De páginas escritas assim
No improviso do dia
No silêncio da noite
No segredo das almas
Das almas que se sentem
Das almas que não mentem

Com todos esperam partilhar
Opiniões sinceras aguardam
Daquilo que possam vislumbrar
Nesta singela página
Que apenas está a começar

Boas escritas!
Da vossa Cinderela

Sou o que sou


Pergunto-me porque sinto esta imensidão de Amor
Ela não tem razão aparente mas sinto-a vibrar
Dentro do mais profundo da min'Alma
Esse profundo de mim, o Coração.

Longa viagem, longa caminhada
Ainda aqui estou, despida de tudo o que é aparente
Despida de tudo o que é ilusão
E sei que encontrei o meu caminho finalmente.

Nele caminho agora em Paz,
Harmonia e Tranquilidade.
O Sol percorre o meu corpo, revitaliza-me
O Mar limpa a minha Alma,
Expurgando todos os males.

Apenas sinto, apenas vivo!
E Sou, o que sou, nem mais, nem menos !

O Ser é Eterno



Nas horas mortas que a noite cria, sinto a vontade de escrever um verso, um poema,
Sob a pálida luz de uma Vela, eu lia e chegavam a mim lembranças de uma vida.
O Silêncio é por vezes amigo, outras amargo!
Entre as sombras da noite, chegam em formas indefenidas,
Imagens e Memórias que alcançam a minha mente, perturbando a minha Alma.
Elas ocupam o âmago do meu Ser, preenchendo-o de sentimentos sofridos, sublimes, vividos, sentidos!
Sentimentos provocam dor, e também amor!
O desconhecido não me apavora, a minha Alma está repleta,
Repleta de Amor, repleta de Luz!
Não é pelo fim da vida que treme minha Alma, mas do fim do Sentir-se bem Eterno.
Sei que o Ser é eterno, não temo,
Sei que o Amor é a solução, agradeço!
Vou viver da melhor forma que puder, souber!